terça-feira, 4 de agosto de 2009

Praga (ou Aviso aos ladrões da Ilha)


Para Barra de Jangada
Asfalto é piche preto.
É sujo como carvão suja a mão da gente.
Agressivo até o Cabo da Boa Esperança.
Até Risort de picinas naturais!
Naturalmente.
Milimétrico design ultra-moderno.
Porque chegou o asfalto. O piche. A ponte do progresso.
Niemayer frente ao mar. Brasília litorânea em crescimento.
E o plástico verde? Cadê? Cadê filtro solar?
Sol daqui uns anos derrete até o piche deles.
Asfalto lama negra.
Lama para a pele.
Do suor de Suape de vagas especializadas.
Sol daqui uns anos derrete mesmo o piche deles
E ninguém vai chegar ao maldito Risort milimetricamente natural. Naturalmente.
Naturalmente e com toda força,
Água derrubará as obras de arte das paredes compradas,
As terras compradas aos Brenand.
Roubadas.
Tubarões vão jorrar nas salas
Das ladys com poudles asiáticos.
Areia de praia, areia movediça, lama, piche.
O peneu Michellan do Renaut stile derreterá.
O cacto, o corte, catinga de borracha queimando.
Pranchas atômicas condomínio adentram.
S.O.S surf.
As trombetas do backside dos meninos do mar.
Poseidon dirá quem manda e o tridente será problema seu.
07 de abril de 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário